quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Gosto do amor



Gosto do amor
Esse texto é muito especial, mas muito mesmo, pois irei falar de um tipo de amor único: “o amor de mãe”. Para começar, contarei para vocês como minha mãe me chamava, todas às vezes que eu estava com ela. Ela olhava para mim com um imenso sorriso e dizia:
_ “Oi, minha gostosa”.
 Confesso que eu não entendia o porquê dela me chamar assim. Só depois de não tê-la mais perto de mim é que eu entendi essa frase.
 Veja bem, o amor é realmente algo gostoso de sentir. Então, eu compreendi que o amor da minha mãe por mim, era uma antropofagia amorosa, ou seja, ela me amava tanto que queria assimilar tudo de mim, sem tirar nem por. Ela resumia todo seu sentimento na palavra “gostosa”. Como se estivesse falando: Filha, eu gosto de te ver, de estar com você, de te abraçar, de te beijar, de te cheirar, de te amar. Você sacia toda a minha fome de amor. Infelizmente, eu demorei um pouco para interpretar essa louca forma de usar a palavra “amor”, mas hoje compreendo perfeitamente, pois fui contagiada por esse amor canibal que alimenta a minha alma. Um amor sem explicação, “um amor maior que eu”, que nasceu em dias lindos de verão e ocupou a maior parte do meu coração, com seus nomes gravados “Gê e Évely”. Sei que tenho muitos vícios e posso me libertar deles. No entanto, meu maior vício é amá-las, pois sou completamente dependente desse amor. Ele é o alimento do meu viver. Prefiro morrer a deixar de sentir o “gosto desse amor”. Sem mais.
 (Carmem Almeida)

Um comentário:

  1. Tia que coisa mais Linda, Belíssimas palavras. Quer me fazer chorar é ? Muita coisa dita em um texto resumido. Muito lindo mesmo. beijos

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