Gosto
do amor
Esse texto é muito especial, mas muito
mesmo, pois irei falar de um tipo de amor único: “o amor de mãe”. Para começar,
contarei para vocês como minha mãe me chamava, todas às vezes que eu estava com
ela. Ela olhava para mim com um imenso sorriso e dizia:
_ “Oi, minha gostosa”.
Confesso que eu não entendia o porquê dela me
chamar assim. Só depois de não tê-la mais perto de mim é que eu entendi essa
frase.
Veja bem, o amor é realmente algo gostoso de
sentir. Então, eu compreendi que o amor da minha mãe por mim, era uma
antropofagia amorosa, ou seja, ela me amava tanto que queria assimilar tudo de mim,
sem tirar nem por. Ela resumia todo seu sentimento na palavra “gostosa”. Como
se estivesse falando: Filha, eu gosto de te ver, de estar com você, de te abraçar,
de te beijar, de te cheirar, de te amar. Você sacia toda a minha fome de amor.
Infelizmente, eu demorei um pouco para interpretar essa louca forma de usar a
palavra “amor”, mas hoje compreendo perfeitamente, pois fui contagiada por esse
amor canibal que alimenta a minha alma. Um amor sem explicação, “um amor maior
que eu”, que nasceu em dias lindos de verão e ocupou a maior parte do meu
coração, com seus nomes gravados “Gê e Évely”. Sei que tenho muitos vícios e
posso me libertar deles. No entanto, meu maior vício é amá-las, pois sou
completamente dependente desse amor. Ele é o alimento do meu viver. Prefiro
morrer a deixar de sentir o “gosto desse amor”. Sem mais.
(Carmem Almeida)
Tia que coisa mais Linda, Belíssimas palavras. Quer me fazer chorar é ? Muita coisa dita em um texto resumido. Muito lindo mesmo. beijos
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